Trinta anos. Quando morreu ainda faltavam uns meses para o meu quarto aniversário. Depois dos lançamentos e reedições de biografias, depois dos documentários na televisão, depois de todos os artigos nos jornais e de todos os posts, o que sobra? Nada. Já sabíamos tudo, não há novidade, nem sequer chegámos à conclusão se foi ou não atentado. Apenas comprovámos uma evidência, não há no panorama actual, e, sobretudo na minha geração, políticos de folgo. E na direita isso torna-se ainda mais evidente. Há um colapso, uma falta de referências e novas caras. Ah, e faltam mulheres, muitas. Na política, na intervenção cívica, nos lugares de destaque e na blogosfera.