Albergue Nocturno
Inusitadamente abrem-me a porta.
Lá dentro,o cheiro inebriante a "conforto" e canela,causa-me uma estranha espécie de arrepio,associado a um prazer desmesurado...
"Agora as noites estão mais frias" - diz-me algures uma voz,por entre o "lusco-fusco" dos candeeiros á média luz.
Convidam-me a sentar e eu,sem falsos rodeios,assomo, quase de imediato á mesa de madeira antiga,cuja idade está há muito perdida,nos
meandros do tempo.
Em seguida,colocam-me á frente um prato de sopa fumegante...e é extraordinário,como em tão pouco tempo,naquela pensão,fazem-me sentir como se na minha própria casa estivesse...
Inevitávelmente,dou por mim a pensar qualquer coisa como..."Todos os sítios deveriam ser assim; sítios moldados por calor,confidências e afectos,onde qualquer gesto é despretensioso e genuíno."
E como eu gosto de sítios destes...